segunda-feira, 27 de julho de 2009

O bode apodreceu. E ninguém o tirou do palco.

Dia desses ouvi um trecho de um guia político de algum partido cujo nome me fugiu à memória. E todas elas estavam lá: "Defesa da ética", "priorizando os mais necessitados", "força da juventude". Tão fáceis e antigas quanto ocas de conteúdo. Reparei que aquilo que eu ouvia podia estar sendo dito pelo Hélio de La Peña, com a mesma carga de deboche. Qual a diferença entre um quadro de propaganda política e um esquete do Casseta e Planeta? As palavras, os gestos, as expressões são rigorosamente iguais. E o mais bizarro disso tudo é que os principais responsáveis por essa condição - políticos, partidos, marqueteiros - ainda não se deram conta disso. A política se transformou em sua própria caricatura. Fica explícito que, de fato, eles vivem em um universo paralelo, à parte do resto do país. Enclausurados em uma bolha de privilégios, esnobismo e ilegalidade. Isso ou eles não assistem a nenhum programa de humor.

Sei por quê não lembro o nome do partido. Porque ele é insignificante e o sistema político está zoneado. Antes de mais nada, esse partido em questão não deveria nem existir. Que grupo de pessoas ele representa? Serve apenas como mais um grupo de aluguel, sempre pronto para fazer o serviço sujo. Se eu pegar umas três palavras, digamos, "República", "Democrático" e "Nacional", e misturá-las em ordens diversas, é bem possível que eu acerte o nome. Estou pensando em criar um também, já que parece tão fácil. Mas sem usar a palavra "Partido", porque parece coisa velha. Talvez eu funde o Movimento Avançado de Malfeitores que Trabalham por Amor, conhecido como MAMATA.
S.

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