domingo, 3 de maio de 2009

Aporcalipse*

Eu até compreendo o temor causado por uma ameaça desconhecida.

Mas é só uma enfermidade se alastrar de forma democrática, atingindo desde o morador de favela até o banqueiro, que tem início o espetáculo circense de alarmismo.

E junto com ele, os palhaços-especialistas. Ou os especialistas-palhaços, sei lá.

Enquanto isso, "doenças de pobre", como a malária, que mata um milhão de pessoas por ano, em sua maioria na África, continuam sem direito ao seu próprio espetáculo circense.

Que tal um mês de alarmismo sobre as doenças de pobre causadas pela falta de saneamento básico nas cidades brasileiras? Afinal, como diz o nome, isso é BÁSICO.

Pobres moléstias.


*Neologismo criado pelo Azenha.
S.

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