terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mídia não faz o trabalho que deveria e é pega de surpresa

Por Luiz Carlos Azenha

A mídia corporativa dos Estados Unidos, em vez de investigar o que andava acontecendo no Congresso, nos últimos dias optou por ficar na torcida.

Torceu pela aprovação do pacote de ajuda ao mercado financeiro.

Do mesmo jeito que a mídia corporativa brasileira torceu contra o governo Lula. Torceu, distorceu, mentiu e omitiu. E se ferrou com a popularidade do presidente da República atingindo 80%.

Como é possível, depois do caos aéreo, do apagão elétrico, do escândalo dos cartões corporativos, do escândalo dos grampos, da "epidemia" de febre amarela o governo Lula ter 80% de aprovação?

Só existe uma explicação: o divórcio existente entre o Brasil real e o Brasil da mídia, que representa apenas a fatia "afrikaner" da população.

Estamos assistindo a um momento histórico, tanto aqui quanto nos Estados Unidos.

É a derrocada do Jornalismo corporativo, que se divorciou completamente dos interesses da população para prestar serviços acima de tudo a seus próprios interesses políticos e econômicos e aos "dos seus".

Assistimos, no Brasil, recentemente, ao mais espetacular lobismo de uma parcela majoritária da mídia corporativa em defesa dos interesses particulares de um banqueiro. "Veja", "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Época" e TV Globo se colocaram a serviço da propagação de uma fábula, segundo a qual houve espionagem generalizada de autoridades brasileiras por parte da Agência Brasileira de Informações (ABIN).

Isso foi feito sem uma única prova factual. Onde é que estão as gravações? Onde é que estão os depoimentos comprometedores?

Por enquanto, NADA. Nunca imaginei que depois de 30 anos de carreira eu viveria para escrever isso: a mídia corporativa brasileira colocou os interesses de um banqueiro não só acima dos interesses do público, mas do próprio Estado.

[...]

Você, caro leitor, está vivendo um momento histórico: QUANDO A MÍDIA CORPORATIVA SE DESCOLOU COMPLETA E ABSOLUTAMENTE DO INTERESSE PÚBLICO. Fotografem, para deixar de recordação para os netinhos.

texto na íntegra: clique aqui

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