terça-feira, 30 de agosto de 2011

Liberdade de esculhambação

A Veja resolveu esculhambar de vez. A publicação conseguiu elaborar uma "bombástica" matéria de capa que não revela merda nenhuma, e o que é mais grave: através de um procedimento criminoso. Um boletim de ocorrência registra a tentativa de invasão de uma suíte e a própria matéria revela a instalação ilegal de uma câmera nos corredores de um hotel em Brasília. Ambos confirmados pelo gerente do hotel. Se havia algum limite restante a ser ultrapassado no campo da indecência editorial, ele foi atingido na última semana.

Pelo visto, os diretores da Abril entendem que um repórter (em nome da famigerada liberdade de imprensa) tem o direito de assumir o papel de polícia, atropelar a lei e permanecer impune. Nesse caso, eu entendo que posso me dirigir ao prédio da editora e lançar granadas (em nome da minha liberdade de expressão). É preciso atentar para o seguinte: se um influente ex-ministro da República pode ser alvo desse tipo de ação, o que sobra de segurança para a plebe?

Virou zona? O judiciário desse país existe?
S.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aspas

"Dentre outras teorias, Marx argumentou que o capitalismo tinha uma contradição interna que, ciclicamente, levaria a crises e isso, no mínimo, faria pressão sobre o sistema econômico. As corporações motivam-se pelos custos mínimos, para economizar e fazer caixa, mas isso implica menos dinheiro nas mãos dos empregados, o que significa que eles terão menos dinheiro para gastar, o que repercute na diminuição da receita das companhias."

(Nouriel Roubini, professor de economia na Universidade de NY)


Ou seja: ganância = decadência.

Tão simples, e os donos do mundo insistem em não entender.
S.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Linha de frente



S.

De vidas que não me pertencem (ep. 03)

- Quem se deu bem foi Sassá!
- Eu?
- Foi, desenrolou uma moreninha, deu até cheiro no peitinho e tudo!
(risos)
- Quando foi isso?
- Naquele dia... da sexta pro sábado!
- Ô! Queria eu, rapaz, queria eu...

---

- Eu tô achando tu mais magra, visse?!
- Tás mesmo? Eu tava me achando mais cheinha.
- É sério, desde aquele dia que tu viesse aqui. Tás com um aspecto diferente.
- Eita, danosse!
(risos)
- Beto, tás ouvindo? Bárbara tá dizendo que eu tô mais magra...!

--

- Ô abençoado, tudo bom?
- Tudo certo, querida!
- E o menino, já nasceu?
- Já.
- É o primeiro, é?
- O segundo.
- Eita, que bênção.
- É... até...!
(...)
- Oxe, Duda! Te deram um filho, foi?
- Já deve ser o quinto que ela me dá!
(risos)
S.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

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"Você não percebe que a finalidade da Novilíngua é estreitar o alcance do pensamento? No fim das contas, tornaremos o crime de pensamento literalmente impossível, uma vez que não haverá palavras o bastante para expressá-lo. Todo conceito necessário será expresso por uma única palavra, cujo significado estará rigidamente definido e todos os seus significados variantes apagados e esquecidos. Com o passar dos anos, menos e menos palavras, e o alcance da consciência cada vez menor."
(George Orwell, 1984)
S.