sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Picadeiro

Engraçado como às vezes dá a impressão de que Recife tem mais artista do que espaço para andar.
S.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sociedade dos ogros

Acredito que quem me disse pela primeira vez foi uma tia do primário. Uma organização social em que não há leis leva todos à barbárie. Dá para dizer então que uma sociedade em que a regra seja apenas o lucro financeiro vive uma selvageria?
S.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Homem Que Incomoda

Não sou eu! :)

Pegando o embalo cinematográfico do blog... sabe aqueles filmes que ficamos com vontade de ver, mas nunca conseguimos, pelos mais diferentes motivos? Ou a energia cai, ou a faculdade rouba a sua vida, ou o seu cérebro esquece que você quer ver tal filme. Era o meu caso com o filme "O Homem Que Incomoda" (Den Brysomme mannen, Noruega, Islândia, 2006), de Jens Lien. Tinha sido atraído pelo título e pelo trailer. Acho que vi o trailer pela primeira vez há pelo menos uns 5 meses, imagino que mais. E só na última semana consegui assisti-lo, meio que na sorte. Ah, e que ninguém diga que eu sou um cinéfilo-chato-cabeçudo-que-só-vê-filmes-de-países-nórdicos, porque nesse caso isso foi um detalhe. (Eu também vejo filmes com o Nicolas Cage, pô!)


Como minhas habilidades de crítico cinematográfico são semelhantes as de blogueiro, tudo o que tenho a dizer é que ele é excelente. Bastante intrigante, o filme possui uma frieza chocante, pouco vista no cinema, e daí é que vem sua força. Fica na cabeça a reflexão sobre a nossa busca por uma perfeição mecanizada, artificial, que no fundo esconde uma enorme indiferença para com o resto do mundo. Em meio a tantas regras, esquecemos de sermos humanos, ou seja, passíveis de erro (o que não significa que devamos deixar a ética de lado). Quem nos dita tantas regras? Porquê devemos segui-las? A quem interessa essas regras? Essas são algumas das perguntas que o filme parece querer incitar. Aliás, ele vai além e diz que aquele que questiona acaba sendo punido, porque ele incomoda.

O filme eleva essa robotização do comportamento humano a níveis altíssimos, o que fica claro em cenas como a que mostra o protagonista cortando o próprio dedo em seu escritório. Um dos seus colegas de trabalho, ao vê-lo no chão, sangrando, diz apenas que não é permitido que os funcionários fiquem no chão. O absurdo (que permeia todo o filme) é tão bem construído que nos deixa com um sorriso no rosto e com uma coceira na cabeça.

Fiquei com vontade de escrever sobre o filme porque ele trata de um assunto que me atrai há bastante tempo: a padronização que nos é empurrada goela abaixo. Hoje ela pode ser vista até em uma embalagem cool, via publicidade e artistas de "rebeldia" milimetricamente calculada.

Crítica no Pluralidade Cinematográfica, por Leonardo: "O Homem que Incomoda é muito mais do que uma história de alguém insatisfeito com um mundo aparentemente perfeito. É um filme sobre a indiferença das pessoas que, em busca de um mundo limpo, organizado e perfeito - seja lá o que isso for - esqueceram o sabor da comida, o prazer de se divertir e a vontade de buscar coisas diferentes."

S.

Produções asterísticas

Os vídeos abaixo mencionados podem ser vistos no portal Pernambuco Nação Cultural, onde também é possível votar e comentar. Os links são os seguintes:

"22"

"Até Onde A Vista Alcança"

Continuo a forçar a barra (uêba!), mas é em razão dos votos que podem ajudar as produções a serem premiadas no festival. Aproveito para agradecer a boa recepção dos vídeos, tanto na exibição da última semana, como no próprio site.
S.